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Foto:  https://revistaumconto.wordpress.com/

 

JANARA SOARES
(BRASIL – BAHIA)

 

Nasceu em julho de 1989, em BARREIRAS, Bahia.
Cursou Letras Vernáculas na Universidade do Estado da Bahia (UNEB) Campus IX,
e é servidora pública no município de Barreiras.
Participou da Coletânea Sangue Novo — 21 poetas baianos do século XXI e mantém
o blogue Minutos de silêncio e outras fantasias (htpp://minutosefantasias.blogspot.com).
 

LABORATÓRIO DE POÉTICAS.  No. 9 -Maio de 2011.  Diadema,  São Paulo: 2011       No. 1984     Ex. bibl. Antonio Miranda


SECA

Esse fogo maldito que em entorta a cara
que me arranca a pele, ferve meu sangue
esse fogo maldito
azul
que nem parece queimar
deita todos os dias em minha cama
e brilha, e brilha
um brilho pálido de morte.

É fogo na vereda, anima correndo
minha pele virando campeiro
filhote de coruja abandonado na chama.

Esse fogo maldito que me entorta a cara
deita todos os dias em minha cama
e entra em meus sonhos.
O farfalhar de asas das araras em fuga
é o sinal da loucura em cada árvore.

Último esconderijo, uma caverna.
Lá dentro, todas as feras copulam.


AOS MEUS MORTOS


Havia um nada, uma transparência em meu rosto,
um véu esquisito de teias sombrias.
O que era pele, o que era osso
estava tênue, tênue, tênue.
Era tudo leveza roubada da última rosa de seu tempo.
Era tudo leveza!
E nem os mais velhos sabiam
se havia a verdade em seus olhos.
Era um nada — havia um nada
se o nada pudesse haver.
Se o nada pudesse haver, estava ali
— tênue, tênue, tênue —
a vagar pela rigidez sem natureza,
sem dureza.
A paz inquieta das últimas horas,
das tristezas interrompidas pelos silvos dos relógios
que não badalam
e o medo do que não se vê,
do que não é certo,
de um inferno inventado nas orações antigas
a paz inquieta de quem já acertou os ponteiros
e conhece a música
a paz inquieta havia.
Sempre esteve lá.

 

        *


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    Página publicada em outubro de 2023


 

 

 
 
 
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